terça-feira, 8 de junho de 2010

Noites De Abril

Voltamos a estaca zero então?
Como se o tempo nós dissesse não, e o vento leste leva os nossos sonhos, vamos clarear nossas idéias, vamos semear flores nos campos de marte? Distribuir simpatia, e acordar meio dia, provar que o mundo está todo errado, e que o acaso nós dá, destino nenhum vai tirar...
Vamos, sair na rua gritando, o fim tá quase chegando, e só nós resta morrer abraçados, mesmo que faltem 100 anos, pra uma ultima guerra, valendo o planeta Terra, e todos os pobres humanos, que não conhecem o amor, e se é tão dificil ver de onde estou, se é tão dificil ver recifes em corais, em meio a temporais, e no maior temor, apenas a verdadeira paz, as conjunçoes astrais nos pontos cardeais, e até vamos dar abraços em rivais...
Faça uma coisa que te imprecione, que você nunca pensou em fazer, qualquer coisa, qualquer ato, se ele for importante pra você, corra atras de alguem que te faz bem, fique tardes com ela.
As cadeiras na sala de estar, copos sujos em cima da mesa, as garrafas perto do sofá, num escandalo de sucitileza, quem vai ser o primeiro a falar, o que os olhos gritam com frieza?
O silêncio do que não se vê, mata um ao outro de ciumes, a mão trêmula liga a tv, disfarçando como de costume, pensamentos que ninguem que ter, e uma luz antes do fim do tunel, dá a nossa voz um tom blasé, nuvens e temporais, flores voam soltas pelos quintais...
Eram naquelas noites de Abril, quando tudo era tão lindo, que nada substituia aquele momento.
Essa chuva que derrapa e me distrai, dos pensamentos que me empurram para tras, as pessoas são todas iguais, as noites frias o tempo é logo até demais, e a lua que reluz transforma homens em animais (rimou, rs).
Hoje eu espalhei velhas fotos e algumas cartas pelo chão, eu já nem me lembrava de como o sol brilhava lá pelo verão, tentei guardar um pouco de você em mim, perdi meus passos em calçadas, dias de ilusões, mas nada que eu diga pode mudar, e nada que eu faça te faria voltar, e os mesês aumentam esse muro, entre nossos mundos e nos deixam mudos, sem saber o que dizer.

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