terça-feira, 28 de setembro de 2010

crescer e aceitar.

Será que eu não vou mais agüentar? Será que eu não tenho onde ficar? Será que vou suportar? Saber que tudo a minha volta é falso. Como é que eu consigo me acalmar, se eu nunca posso explodir, chorar, nem gritar, eu guardo tudo isso para mim, tento não transparecer que eu não quero mais viver, tento transparecer algo que não é real. Como você pode ser tão má? Você vem, me humilha e muda o rumo da minha vida, e simplesmente vai embora. Só porque eu não sou igual a você, e ocupo o meu tempo sarando as minhas feridas. E eu quero viver sem ter que dar explicações, eu quero tirar os espinhos do meu coração, me deixa pensar que assim eu vou sobreviver, me deixa sonhar, me amar, me auto-conhecer.
Será que você já tentou imaginar o que eu iria fazer ocupando o teu lugar? As decisões que você soube fazer será que eu vou ser tão bom quanto você? Olho pro espelho vejo alguém sem saída, mesmo com problemas bem menores do que os meus, as cicratizes de uma vida tão sofrida, são bem mais fortes do que todas as suas palavras fúteis, então não deixe a luz se apagar, você vai precisar de mim. Você vai gritar meu nome, pra encontrar em mim o que a de sobra em você, deixa eu compartilhar a vida que você levou, deixa eu tentar aprender como você fez pra ser assim?
Eu já entendi que está na hora de eu crescer, mesmo eu não querendo, o mundo está me obrigando a fazer isso, eu não posso mais fraquejar, não posso depender de ninguém, e eu só tenho certeza de duas coisas. Uma é que a solidão é ilusão. E a outra é que ninguém é insubstituível, mas... Qual caminho devo seguir? Como você faz pra viver assim? Eu deixei de viver, só pra viver pra ti. E agora, depois de tanto tempo, os meus melhores dias foram os que eu fiquei longe de ti.

Cicatrizou, cicatrizou a ferida do meu coração.

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