segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A verdadeira vida do fabuloso assassino de alegrias.

Capitulo 2 – A ponte, a arvore e o rio.

Era tão branco e sem razão, e no fundo da parede você estava lá, com aquela mesma calça que você vestia quando me deixou. Eu comecei a ir de encontro a ti, e quanto mais eu andava, mais você se afastava, por mais que eu corresse, você estava indo embora de mim, mas quando eu passo por aquela ponte lá está um recado teu que dizia: “Está na hora de você voltar” [...] Um silêncio grandioso se calou dentro de mim, e então milhões pensamentos me confundiam, o que será que pode ser aquilo? Então acordei numa chuvosa manhã de domingo e vi que você não estava ao meu lado, que tudo aquilo fora um sonho, mas aquele bilhete, o que será que foi isso?
Eu nunca costumo dizer isso, mas está um belo dia hoje, mesmo com toda essa chuva, algo dentro de mim está pedindo para que eu caminhe pelas ruas, e caminhando por elas que minha mente começa a se confundir mais ainda, depois de ver uma arvore e começar a ver imagens de um futuro que ainda não aconteceu, ou talvez seja um passado que a muito tempo eu esqueci, naquele momento eu comecei a lembrar de como tudo era tão frio, realmente era vazio aquele rio de solidão em que eu me afogava, mas eu deixei todo aquele passado para trás, junto com você.
Agora estou com o rosto molhado dá água da chuva, de longe vejo crianças brincando nas poças d’água, e aquele silêncio não me trazia paz, eu sentia que algo terrível iria acontecer, pois bem, minha intuição nunca falha, depois de alguns segundos eu vi uma garota, uma linda menina, ela tinha longos cabelos pretos com loiro, vestia um vestido roxo e parecia estar sozinha e procurando por alguém. Aquela chuva não deixava eu ver o rosto dela, então comecei a me aproximar, e parecia que quanto mais eu chegasse perto dela, mais o rosto dela iria se perdendo no ar, quando finalmente cheguei e olhei para o rosto dela... [...] ... O que é isso que estou sentido? Achei que nunca mais iria sentir essa sensação... Então quando novamente abro os olhos estou encima daquela mesma ponte, agora fazia sol, não havia mais nenhuma nuvem no céu, ouvia muitos pássaros  cantando, e eu não tinha certeza do que era aquele sonho, não sabia quem era aquela menina, e não sabia o que era aquilo que eu senti quando há vi.
Agora uma menina com cabelos negros igual a escuridão e olhos da mesma intensidade estava sentada a minha frente, parece que eu fiz aquilo de novo, ela não conseguia desviar o olhar da minha boca, a cada cinco palavras que eu tentava dizer eu era surpreendido pelos beijos dela, e a cada segundo que passava, mais eu ia manipulando os sentimentos dessa pobre garota, mas o que eu posso fazer? Isso ameniza temporariamente o vazio que está no meu peito, alguns minutos depois levo ela até a casa dela. Tudo tem um fim naquele segundo, ou então, uma vida de sofrimento e solidão começara para aquela menina... Estou tentando me lembrar de como tudo começou, mais é tão estranho, não consigo me lembrar de nada, só do dia em que eu perdi o meu coração.

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