segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A verdadeira vida do fabuloso assassino de alegrias.

Capitulo 1 – Muito além do começo.


Acordo de manhã, acho que estou num hotel de uma rodovia qualquer, tento levantar umas duas vezes e então vou até ao banheiro me lavar, não lembro muito bem de como eu vim parar aqui, lembro apenas de quase ter encontrado você, lembro também de uma linda garota, loira, dos olhos claros, branca que nem a neve, ela dizia que me amava, que daria a vida por mim, é, foi apenas mais uma que eu tirei a alegria dos olhos.
Chego na estação de ônibus e a mulher que trabalha no mesmo diz : “Neverland – saída as 3:30 p.m”, é o único destino disponível no momento.
Compro a passagem, ao entrar no ônibus me deparo com uma senhora, devia ter uns 60 anos, por algum motivo eu pensava que já havia visto ela em algum lugar, até hoje não sei se é um delírio, ela não dizia muitas coisas, na verdade nem ao menos me lembro da voz daquela senhora, só lembro que seu olhar era tão frio quanto o meu, e por mais que eu tentasse entrar na mente dela, nada acontecia, e aquele olhar me arrepiava dos pés a cabeça. A senhora  não desgrudava o olhar o tempo todo de mim, eu sentia que ela queria me dizer algo, mas eu não ouvia nada. Então comecei a tentar esquecer dela e começar a analisar os fatos da ultima noite.
Parece que não progredi muito, apenas mais algumas informações inúteis e algumas cartas de meninas dizendo que me amam, nada mais parece me abalar, talvez eu já tenha ouvido todas as possíveis “juras de amor”, se é que isso existe, eu ainda continuo acreditando na minha própria teoria...
Então aquela senhora se levanta e vem até aonde estou sentado, então senta ao meu lado, coloca as mãos sobre meus cabelos e dá um sorriso alegre e diz:
- Menino, porque tanta frieza no teu olhar?
- Eu iria te perguntar a mesma coisa, minha senhora.
Então ela dá um sorriso maior do que já dera e alegremente diz:
- São os fantasmas do meu passado que me assombram, como você pode ver, estou no fim da minha humilde vida, e ainda não consegui nada que possa provar a minha existência, mas olhe para você, você é jovem, ainda tem uma vida pela frente, você devia se animar meu jovem.
- Não é assim tão fácil, sei que ainda tenho muito tempo, mas eu ando procurando algo, e ainda não encontrei.
Após ela ter ouvido minhas palavras ela se levantou, se virou e disse:
- Você está perdido num mar de ilusão, você tem muita ambição meu jovem.
E depois disso foi embora. E eu ainda não conseguia mudar nada, foi então que me lembrei de uma outra vez, na verdade, a primeira vez em que eu não consegui decifrar os pensamentos de alguém, foi a alguns anos, foi quando tudo parecia ser de verdade...

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